Já se apanhou a dizer a si mesmo coisas como:
“Isto foi estúpido.”
“Nunca faço nada bem.”
“Devia ser diferente.”
Essas frases, tão automáticas e silenciosas, vão-se acumulando. Não é preciso dizê-las em voz alta para que deixem marcas. A verdade é que muita da dor que carregamos nasce precisamente da forma como falamos conosco — com rigidez, exigência e uma crítica que nunca dorme.
Neste artigo, vamos percorrer juntos um caminho de reconexão com quem você é de verdade. Vai descobrir:
- Por que motivo a autocrítica se instala tão cedo na vida
- Como esse padrão afeta silenciosamente o seu bem-estar
- Estratégias práticas para quebrar o ciclo do auto-julgamento
- E como a hipnoterapia pode ajudá-lo(a) a reescrever, de dentro para fora, a forma como se vê
A origem invisível do “não sou bom suficiente” ou “não sou capaz”
As pessoas não acordam um dia a odiar-se. O autojulgamento não aparece do nada — é aprendido, absorvido ao longo do tempo, muitas vezes na infância.
Pode ter começado com frases aparentemente inofensivas:
“Não faças asneiras.”
“Porta-te bem.”
“Deixa que eu faço.”
Ou com silêncios prolongados em momentos em que precisava de apoio.
Muitos de nós crescemos a interpretar estas mensagens como verdades absolutas: “Se não confiam em mim, é porque sou incapaz.”
E, ao longo dos anos, essa ideia vai ganhando raízes. Cada erro parece confirmá-la. E, eventualmente, deixamos de pensar que fizemos algo errado — passamos a acreditar que nós é que somos o erro.
O impacto escondido da conversa interna
A forma como se trata por dentro influencia tudo por fora.
Desde o modo como se apresenta ao mundo, às escolhas que faz, às oportunidades que recusa.
Talvez já tenha sentido isto:
- Evita desafios por medo de falhar.
- Mantém-se em relações que não o fazem crescer.
- Sabota planos, sonhos e metas antes mesmo de começar.
Este padrão forma um ciclo vicioso. A mente, à procura de coerência, tenta confirmar o que acredita ser verdade. E, se acredita que não merece, tudo à sua volta começa a parecer prova disso mesmo.
Mas — e aqui está a boa notícia — não tem de ser assim para sempre.
Como começar a mudar a relação consigo mesmo
A transformação começa com pequenos gestos. Aqui estão algumas práticas simples, mas profundamente eficazes, que pode começar já hoje:
1. Torne-se consciente do que pensa sobre si
Muitos dos pensamentos mais duros passam despercebidos. Da próxima vez que algo correr menos bem, pare e pergunte:
“O que acabei de me dizer?”
Escreva. Observe. E depois questione:
“Isto é verdade — ou é uma história antiga a repetir-se?”
2. Mude a forma como se dirige a si
Substitua críticas por afirmações que o(a) sustentem.
Não se trata de fingir que está tudo bem — trata-se de escolher uma narrativa que o(a) ajude a crescer.
Em vez de: “Sou um desastre.”
Experimente: “Estou a aprender. E isso é suficiente.”
3. Pratique presença
Muitas vezes, o auto-julgamento vive em piloto automático.
Respirar fundo, fazer pausas conscientes, caminhar sem distrações — tudo isso ajuda a interromper padrões antigos e a reconectar-se com o momento presente.
4. Seja o seu próprio apoio
Pense: se um amigo estivesse em dificuldade, falaria com ele como fala consigo?
Aprender a ser gentil consigo não é fraqueza. É coragem. E é uma prática diária.
5. Crie um espaço onde se possa lembrar do seu valor
Junte provas da sua força: mensagens que recebeu, fotografias de momentos felizes, conquistas grandes ou pequenas.
Tenha esse espaço acessível — físico ou digital — e visite-o sempre que a dúvida surgir.
6. Conecte-se com algo maior
Ajudar os outros, envolver-se em causas ou estar presente para alguém pode lembrá-lo(a) de que tem valor. E, por vezes, esse lembrete externo é o ponto de partida para uma mudança interna.
Como a hipnoterapia pode fazer a diferença
Nem sempre conseguimos fazer esta mudança sozinhos — e isso não é sinal de fraqueza, é sinal de humanidade.
A hipnoterapia pode ser uma ponte poderosa entre o que racionalmente sabe e o que emocionalmente ainda não acredita.
Durante uma sessão, entra num estado de relaxamento profundo, onde é possível aceder às origens dessas crenças limitadoras — e reescrevê-las.
De “não sou capaz” “não som bom suficiente”
Para “sou digno(a) de amor, exatamente como sou”
Trata-se de trabalhar não só com o pensamento consciente, mas com o que está por baixo — onde tudo começou.
O ponto de viragem é agora
A ideia de que “não é bom suficiente” pode ter feito parte da sua história. Mas histórias podem ser reescritas.
Cada vez que escolhe tratar-se com gentileza, está a dar um passo em direção ao amor-próprio. E a verdade é que você já é digno(a) — mesmo que ainda esteja a aprender a acreditar nisso.
Se quiseres saber como a hipnoterapia pode ajudar neste processo, estou aqui para a/o acompanhar. Está apenas a uma decisão de distância de uma nova relação consigo. Explore os áudios de hipnose disponíveis na loja do meu site ou, se procura um acompanhamento profundo e personalizado, candidate–se ao Programa Premium — sujeito a avaliação individual. O primeiro passo começa consigo.